sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vila Maria levar Teatro Amazonas ao sambódromo


19/02/2011 07h27 - Atualizado em 19/02/2011 07h33

Unidos de Vila Maria vai levar o Teatro Amazonas ao Anhembi

Escola aguarda resposta do bailarino russo Mikhail Baryshnikov.
Evolução da madrinha Sheila Carvalho guarda surpresas, diz carnavalesco.

Rafael ItalianiDo G1, em São Paulo
Unidos de Vila Maria entra no Anhembi no segundo dia de desfiles do grupo especial, a partir da 1h15, com o enredo “Teatro Amazonas, Manaus em cena”. A escola vai contar a história da casa de espetáculos com mais de 110 anos, que foi construída por empresários europeus com o dinheiro da borracha, no meio da floresta tropical, para receber as óperas que faziam sucesso na Europa. No final do século XIX, a capital amazonense chegou a ser conhecida como a “Paris dos Trópicos”, devido à prosperidade trazida pelas seringueiras.
Escola da Vila Maria faz linha cronológica da história brasileira a partir dos palcos do Teatro Amazonas (Foto: Rafael Italiani/G1)Escola faz linha cronológica da história brasileira a partir dos palcos do Teatro Amazonas (Foto: Rafael Italiani/G1)
A escola da Zona Norte de São Paulo vai usar 28 alas e cerca de 3.200 componentes para mostrar como o Teatro Amazonas sobreviveu ao longo das décadas e os artistas que passaram por lá. A crise da borracha que atingiu as capitais do Norte do Brasil também será abordada pelo carnavalesco Fábio Borges. Segundo ele, o desfile deve ter um setor para falar sobre a biopirataria, usando como gancho o declínio do ciclo da borracha, após os ingleses começarem a plantar seringueiras em outros países.
Alegoria de um dos carros da Unidos de Vila Maria recebe o acabamento no barracão da escola (Foto: Rafael Italiani/G1)Alegoria recebe o acabamento no barracão da
escola (Foto: Rafael Italiani/G1)
No entanto, a maior parte do desfile deve exaltar a arte de maneira global. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Mariane e Rodrigo, é uma referência à obra A Floresta do Amazonas, composta por Heitor Villa-Lobos. O abre-alas é o próprio teatro. O primeiro setor conta a história da seringueira, que trouxe o desenvolvimento para a região. O teatro também é o tema da Unidos do Peruche, que fala sobre o centenário do Teatro Municipal de São Paulo. “Eu já sabia que eles falariam sobre isso, mas não me incomodo. Na verdade eu acho muito bom que o carnaval de São Paulo esteja falando sobre teatro”, afirma o carnavalesco Fábio Borges.
Escola espera resposta de ícone do balé
A Unidos de Vila Maria ainda aguarda a resposta do bailarino russo Mikhail Baryshnikov, que em novembro do ano passado fez uma apresentação no Teatro Amazonas. Foi nesse local que ele deu início a sua turnê de despedida.
Uma outra celebridade que já está mais do que confirmada é a dançarina Sheila Carvalho, há três anos na escola da Zona Norte. “Estamos preparando uma surpresa durante a evolução da nossa madrinha”, afirma o carnavalesco Fábio Borges. Os 250 ritmistas da bateria, que tem como rainha a dançarina Priscila Bonifácio, serão comandados pelo mestre Mi. O samba será levado na Avenida por Baby, intérprete oficial da escola.

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