carnaval 27/02/2011 22h45A beleza escondida embaixo das fantasias das portas-bandeiras
Mulheres que carregam o pavilhão da Acadêmicos do Tucuruvi e da Águia de Ouro revelam curvas de rainhas de baterias
Porta-bandeira é a primeira-dama da escola de samba. Tem a honra de carregar o pavilhão da agremiação. E enquanto todos se acabam no samba ao ritmo da bateria, elas atravessam a avenida girando com a leveza de uma pluma - apesar de vestirem uma fantasia que chega a pesar 40 quilos! Mas não se engane com tanto pano e recato. Duas dessas saias rodadas escondem donas de curvas que as poderiam fazer belas rainhas de bateria.
Thais Paraguassú, da Acadêmicos do Tucuruvi, e Laís Moreira, da Águia de Ouro, fariam bonito à frente dos ritmistas de suas escolas. E ainda causariam inveja a muita musa. As duas primeiras portas-bandeiras de suas agremiações são referência quando o assunto é beleza à serviço do pavilhão.
O corpo delas não é definido em horas de malhação na acadêmia. Mas esculpido, delicadamente, em ensaios de dança durante todo o ano. Ambas também estudaram balé clássico e dança de salão.
Em São Paulo, o figurino das portas-bandeiras, mesmo nos mais quentes dos ensaios, é dos mais cobertos. A saia deve ficar abaixo do joelho sempre. Portanto, caro leitor, as fotos que ilustram esta reportagem são cenas de exposição raras para as musas recatadas.
Ao dançar com o pavilhão em riste, Thais Paraguassú, de 29 anos e há 10 anos na Acadêmicos do Tucuruvi, respeita o rigor, mas chega à quadra em trajes mais ousados: saia curta e barriga à mostra.
A mudança no visual de Thais é obra de um mestre-sala carioca que durante três meses ensaiou com ela na Imperador do Ipiranga. "Ele dizia que minha saia era muito comportada. No Rio de Janeiro, as meninas são mais ousadas", explica Thais que não raro é confundida com a rainha de bateria.
"As pessoas me perguntam se eu sou rainha de bateria. Digo que não, que sou aquela que sofre bastante", brinca Thais.
Para se imaginar o tamanho do sofrimento de Thais, ela pesa 57 kg e sua fantasia 40 kg. Mas o que pesa mais é a responsabilidade. O casal de mestre-sala e porta-bandeira é um quesito julgado à parte. "Diante da nota, a roupa nem pesa tanto", constata a porta-bandeira.
Samba no pé/ A pele dourada e a postura de Laís Moreira, de 28 anos, não deixam dúvida: "Você é do Carnaval, não é?", costuma ouvir a porta-bandeira, na Águia de Ouro desde 2002. Em seguida, vem a segunda pergunta: "De que escola você é rainha de bateria?".
De fato, beleza e sensualidade não lhe faltam. Nem samba. Ela já chegou a viajar fazendo show de passista na Europa. Hoje dá aulas do ritmo em uma academia em Moema.
Incentivo para ela trocar de posto não falta. Mas sobra amor ao pavilhão. "Ser porta-bandeira é ser a primeira-dama da escola. Umas aprendem a ser. Eu nasci para fazer isso", conta Laís, que é neta e filha de porta-bandeira. Mãe de duas meninas, a tradição da família deve se perpetuar. A caçula, de dois anos, já sai girando com o cabo da vassoura imitando a mãe. Já a mais velha, de 6 anos, tem outros sonhos. "Essa diz que quer ser rainha", conta Laís. Alguém duvida que as duas puxaram a mãe?
Fonte: Diário de S.Paulo
Mulheres que carregam o pavilhão da Acadêmicos do Tucuruvi e da Águia de Ouro revelam curvas de rainhas de baterias
Porta-bandeira é a primeira-dama da escola de samba. Tem a honra de carregar o pavilhão da agremiação. E enquanto todos se acabam no samba ao ritmo da bateria, elas atravessam a avenida girando com a leveza de uma pluma - apesar de vestirem uma fantasia que chega a pesar 40 quilos! Mas não se engane com tanto pano e recato. Duas dessas saias rodadas escondem donas de curvas que as poderiam fazer belas rainhas de bateria.
Thais Paraguassú, da Acadêmicos do Tucuruvi, e Laís Moreira, da Águia de Ouro, fariam bonito à frente dos ritmistas de suas escolas. E ainda causariam inveja a muita musa. As duas primeiras portas-bandeiras de suas agremiações são referência quando o assunto é beleza à serviço do pavilhão.
O corpo delas não é definido em horas de malhação na acadêmia. Mas esculpido, delicadamente, em ensaios de dança durante todo o ano. Ambas também estudaram balé clássico e dança de salão.
Em São Paulo, o figurino das portas-bandeiras, mesmo nos mais quentes dos ensaios, é dos mais cobertos. A saia deve ficar abaixo do joelho sempre. Portanto, caro leitor, as fotos que ilustram esta reportagem são cenas de exposição raras para as musas recatadas.
Ao dançar com o pavilhão em riste, Thais Paraguassú, de 29 anos e há 10 anos na Acadêmicos do Tucuruvi, respeita o rigor, mas chega à quadra em trajes mais ousados: saia curta e barriga à mostra.
A mudança no visual de Thais é obra de um mestre-sala carioca que durante três meses ensaiou com ela na Imperador do Ipiranga. "Ele dizia que minha saia era muito comportada. No Rio de Janeiro, as meninas são mais ousadas", explica Thais que não raro é confundida com a rainha de bateria.
"As pessoas me perguntam se eu sou rainha de bateria. Digo que não, que sou aquela que sofre bastante", brinca Thais.
Para se imaginar o tamanho do sofrimento de Thais, ela pesa 57 kg e sua fantasia 40 kg. Mas o que pesa mais é a responsabilidade. O casal de mestre-sala e porta-bandeira é um quesito julgado à parte. "Diante da nota, a roupa nem pesa tanto", constata a porta-bandeira.
Samba no pé/ A pele dourada e a postura de Laís Moreira, de 28 anos, não deixam dúvida: "Você é do Carnaval, não é?", costuma ouvir a porta-bandeira, na Águia de Ouro desde 2002. Em seguida, vem a segunda pergunta: "De que escola você é rainha de bateria?".
foto: Daniel Mobilia/Diário de SP
Thais Paraguassú: Idade: 29 anos; Altura: 1,65m; Peso: 57kg; Busto: 90 cm; Cintura: 72 cm; Quadril: 100 cm
De fato, beleza e sensualidade não lhe faltam. Nem samba. Ela já chegou a viajar fazendo show de passista na Europa. Hoje dá aulas do ritmo em uma academia em Moema.
Incentivo para ela trocar de posto não falta. Mas sobra amor ao pavilhão. "Ser porta-bandeira é ser a primeira-dama da escola. Umas aprendem a ser. Eu nasci para fazer isso", conta Laís, que é neta e filha de porta-bandeira. Mãe de duas meninas, a tradição da família deve se perpetuar. A caçula, de dois anos, já sai girando com o cabo da vassoura imitando a mãe. Já a mais velha, de 6 anos, tem outros sonhos. "Essa diz que quer ser rainha", conta Laís. Alguém duvida que as duas puxaram a mãe?
Fonte: Diário de S.Paulo