Apesar de frio e chuva, escolas do Acesso de SP brilham no Anhembi
As duas agremiações mais bem colocadas sobem para o Grupo Especial.
Oito escolas desfilaram entre o domingo e a madrugada de segunda.
Apesar do frio e da chuva, as escolas de samba do Grupo de Acesso do carnaval paulistano não desanimaram e trouxeram muitas cores e animação ao Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, na noite de domingo e na madrugada desta segunda-feira (7). As oito agremiações também capricharam na beleza das passistas, que encantaram quem assistia das arquibancadas aos desfiles.
Torcida Jovem
A Torcida Jovem Santista foi a primeira escola a entrar na avenida, às 22h, uma hora depois do previsto –o atraso ocorreu devido aos jurados, que só chegaram ao Anhembi às 21h. Naquele horário, a escola já estava montada na concentração e a bateria fazia o esquenta – as baianas, já posicionadas, precisaram abrir espaço para o ônibus que transportava a comissão julgadora.
Com o enredo “Quem foi rei nunca perde a majestade”, a escola homenageou o jogador de futebol Pelé, ícone do Santos e do futebol brasileiro e mundial. A comissão de frente, vestida de bobos da corte, veio com um carro de apoio em formato de uma coroa real. A escola se apresentou bastante colorida e contou com o apoio da torcida – a mais presente entre as escolas na arquibancada.
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Outro homenageado foi Zumbi dos Palmares, tema de um dos carros. A cabeça da escultura de Zumbi, o maior destaque do carro, porém, caiu durante o desfile. A escola também teve problemas com o som, que chegou a ser cortado por dois segundos.
Acadêmicos do Tatuapé
Acadêmicos do Tatuapé
A escola seguinte a entrar no Anhembi foi a Acadêmicos do Tatuapé, com o tema “O domingo é especial”. O primeiro carro da escola era uma espécie de altar, com imagens de anjos e velas, representando a santidade do dia. O carro enfrentou alguns problemas durante o desfile, com uma estrutura separada.
À frente da bateria, uma diferença entre as outras escolas – Daniel Manzoni vinha como rei dos ritmistas, acompanhado de duas musas. A escola teve uma ala com seus integrantes vestidos de super-homem e outra com mulheres na praia, de roupa de banho, guarda-sol e óculos de sol. Os carros alegóricos também remetiam a atividades feitas no domingo – um deles representava uma ilha com coqueiros.
Imperador do Ipiranga
Terceira escola a se apresentar, a Imperador do Ipiranga entrou com o enredo “Na arte e na fantasia, no esplendor de um ‘Ball Masquê’, só quem é arlequim, pierrô e colombina saberá entender” para tentar voltar ao Grupo Especial, de onde saiu em 2010.
Madrinha de bateria da escola, a apresentadora Adriana Lessa se apresentou com uma fantasia dourada de colombina. Antes de entrar na avenida, ela disse esperar que sua escola apresentasse um carnaval “firme e com alegria”. “Todas as escolas já entram vencedoras”, afirmou.
Outro destaque da escola foi o cantor Felipe Dylon e sua namorada, Mariana Fusco. O cantor desfilou na ala da diretoria, enquanto Mariana foi destaque de chão à frente do segundo carro. “Estou emocionada, é a primeira vez que desfilo. A gente sempre vê de longe, pela TV”, afirmou ela. “A gente vê uma emoção que contagia, estar aqui na avenida é muito legal”, disse Dylon. A escola teve um de seus carros com representações do teatro, com máscaras e estátuas gregas.
Morro da Casa Verde
Morro da Casa Verde
A Morro da Casa Verde teve o enredo “Sorria, você está na Bahia! A festa vai começar, os tambores anunciam”. Um dos destaques foi o primeiro carro alegórico da escola, representando os pescadores. Alguns integrantes estavam posicionados em barcos e foram remando durante o desfile. Enormes peixes com a boca aberta também adornavam a alegoria. À frente da bateria, além de duas musas, também havia uma princesa infantil.
Camisa Verde e Branco
A tradicional Camisa Verde e Branco, que desde 2007 está no Grupo de Acesso, tenta mais uma vez voltar à elite do carnaval paulistano com um enredo que homenageia o principal cartão postal da cidade: a Avenida Paulista.
O destaque ficou com o carro abre-alas. Em forma de um casarão e com foliões com roupas de época, o carro remetia ao início do século 20, período em que a avenida era residencial. O enredo “Paulista viva, vista a camisa. A mais paulista das avenidas” também enaltecia a cultura, os hospitais e os restaurantes que existem na via.
Uirapuru da Mooca
A Uirapuru da Mooca, agremiação da Zona Leste, falou sobre a boemia com o enredo “Botequim da alegria, o Uirapuru te convida a brindar! Bar da ilusão, o doce gosto da vida”. A ideia da agremiação foi mostrar o bar como um local democrático, pois reúne pessoas de diversas raças e níveis sociais.
O destaque ficou por conta da bateria e das musas. Musa da bateria, a modelo Thaiz Schmitt encheu de beleza a avenida e dançou ao lado de outras beldades. A comissão de frente dançava e se movimentava sem parar, apesar da chuva que atingiu o Sambódromo.
Leandro de Itaquera
Rebaixada no ano passado, a Leandro de Itaquera tenta voltar ao Grupo Especial com um enredo dedicado à água: “Da fonte essencial da vida ao testamento líquido da ilusão, um brinde ao meu samba. E beba com moderação”. O primeiro carro trazia um telão feito de água onde eram projetadas frases e imagens. O efeito, porém, foi ofuscado pela chuva que atingia a cidade no momento do desfile.
O segundo carro era dedicado ao Egito e à civilização que lá floresceu graças ao Rio Nilo. Com muito dourado, ela chamava a atenção também por seu amplo comprimento e por diversas pirâmides. À frente da bateria, a bela ex-BBB Iris Stefanelli mostrava suas curvas junto de outras beldades da comunidade.
Dragões da Real
A escola de samba Dragões da Real fechou o desfile do Grupo de Acesso às 6h45 desta segunda-feira (7). A agremiação são-paulina tenta ser campeã com o enredo “A Felicidade se Conta em Contos”, que celebra a fantasia e os contos de fadas.
Já amanhecia quando a agremiação entrou no Sambódromo. Assim como as demais escolas, a Dragões levou muitas cores para a avenida. No carro abre-alas, o tradicional dragão-símbolo da escola se mexia em um cenário repleto de bruxas e personagens do universo infantil. A ala das baianas era composta de bruxas; já a bateria era liderada por uma charmosa feiticeira, que “encantava” o público no Anhembi.
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