Acadêmicos do Tucuruvi faz
homenagem aos nordestinos
Escola é a terceira a desfilar no primeiro dia de Carnaval.
Carros têm esculturas gigantes de Luiz Gonzaga e Padre Cícero.
A terceira escola a entrar no Anhembi no primeiro dia do carnaval de São Paulo é aAcadêmicos do Tucuruvi. Neste ano, a escola resolveu fazer uma homenagem aos milhares de nordestinos que ajudaram a construir a cidade de São Paulo, a partir de meados do último século e formam a força de trabalho da capital paulista. O nome do enredo já é uma valorização antecipada do que o Sambódromo irá receber. "Oxente, o que seria da gente sem essa gente? São Paulo – capital do Nordeste”. A resposta, o carnavalesco garante que vai estar na avenida.
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“Não vamos retratar o sofrimento dos retirantes, mas sim a alegria desse povo que ajudou a levantar São Paulo”, afirma o carnavalesco Wagner dos Santos. Ao todo, serão 5 carros, 23 alas e cerca de 3.000 componentes na avenida defendendo as cores da escola.
Um dos carros mostra a capital paulista como uma colcha de retalhos. Prédios famosos da cidade como o Copan, o Banespa e o Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), receberam cores e estilos da cultura do Nordeste.
O carro batizado como “Danado de Bom” terá um Luiz Gonzaga com cerca de 7 metros de altura. Maior que ele apenas o de Padre Cícero, que deve ter mais de 8 metros no dia do desfile e estará presente em um carro que retrata a fé e a esperança.
De acordo com Santos, a participação do público nas arquibancadas do Anhembi será muito importante para a escola. Ele diz acreditar que “são poucos os filhos de paulistanos, tem muito nordestino na cidade”.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Robinson Silva e Thaís Paraguassú, represeta a diversidade do Nordeste com fantasias que usam palha, corda e outros materiais alternativos. O intérprete Fredy Viana tem o desafio de empurrar a escola que enaltece o papel dos nordestinos em São Paulo. O samba-enredo começa com “sou cabra da peste, vim lá do nordeste”. O ritmo, que deve ser uma surpresa, já que pode ter requintes do instrumental nordestino, será determinado pelo mestre Adamastor e seus 280 ritmistas. A bateria da escola da Zona Norte da capital paulista tem como madrinha a dançarina Sheilla Mello.
No final do ano passado, a Acadêmicos do Tucuruvi começou a receber ameaças e ofensas por conta do enredo. “Não é justo que o povo que construiu São Paulo seja discriminado dessa forma”, diz Wagner dos Santos. A escola nunca ganhou um título pelo Grupo Especial e no ano passado ficou na oitava colocação.
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