CARNAVAL
Cidade do Samba paulistana deve começar a ser construída este mês
Terreno na Barra Funda de 77 000 metros quadrados deve abrigar o projeto entitulado Fábrica de Sonhos
Por Manuela Nogueira | 15/12/2010
Ateliê da Mocidade Alegre, sob o Viaduto Pompeia: estrutura inadequada
por Fernando Moraes
Pequeno, localizado sob um viaduto e constantemente alagado, o barracão da Mocidade Alegre, na Barra Funda, é um retrato fiel da estrutura inadequada da maioria das escolas de samba de São Paulo. Com o objetivo de solucionar esse problema, há tempos que os sambistas paulistanos pleiteiam uma Cidade do Samba, nos moldes da que existe no Rio de Janeiro desde 2004. Lá, um complexo de galpões foi erguido para reunir todos os ateliês das integrantes do Grupo Especial. A mesma ideia será importada em breve para a capital paulista. Ainda neste mês, a prefeitura promete começar as obras da Fábrica de Sonhos, como o projeto foi batizado. A construção deve custar 124 milhões de reais e ocupar um terreno de 77 000 metros quadrados, que fica entre a Marginal Tietê e a Rua Professor Joaquim Monteiro de Carvalho, próximo à Ponte da Casa Verde, e a apenas 1 100 metros do Sambódromo do Anhembi. A previsão é que esteja pronta em dezoito meses — ou seja, só para o Carnaval de 2013.
“O projeto representa um avanço fora do comum”, diz Solange Cruz, presidente da Mocidade Alegre. Ela reclama da dificuldade para construir os carros alegóricos, uma vez que eles têm 13 metros de altura, e o galpão sob o Viaduto Pompeia, não mais do que 4 metros de pé-direito. Por isso, são feitos em peças e montados uma semana antes do desfile. “Isso causa mais custos e riscos.” O futuro endereço prevê uma área com mais de 4 000 metros quadrados para cada escola.
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