quinta-feira, 18 de março de 2010

O Dia das Mulheres e o Carnaval

    Em janeiro, quando dizem que nada acontece no país, o Carnaval Paulistano estava em ponto de ebulição, próximo ao ponto máximo com os desfiles e, também, se movimentado em busca de novas parcerias, grandes ou pequenas, mas o importante era ampliar a agenda de eventos e valorizar os nossos talentos. Ter um momento para encontrar e bater papo.
      
      Assim a LIGA que já planejava uma coletiva e, também, uma homenagem antecipada às mulheres que fazem a cada ano o Carnaval maior, melhor e mais bonito. Em meio a tantos nomes tínhamos quatro pessoas do samba a destacar. A nossa querida Leci Brandão, cantora e comentarista da TV Globo; Dona Guga - presidente da Morro da Casa Verde; Solange Cruz Bichara Rezende - presidente da Mocidade Alegre e Angelina Basilio, presidente da Rosas de Ouro. Afinal, no Carnaval, as mulheres ocuparam todos os postos; da presidência a turma que empurra carros alegóricos, da bateria, passando pelo coro de intérpretes, ou ainda, comissão de Carnaval. Não tem um espaço no ‘Mundo do Samba’ que a mulher não ocupe, por mérito e competência. Isso sem contar o óbvio: o reinado à frente de baterias, como passistas e destaques, pela beleza e simpatia lá está à mulher ocupando outros postos existentes.
     
        Neste momento surgiu o inesperado, uma empresa que de alguma forma queria participar do Carnaval nos procurou, não sabia ao certo como fazer, mas tinha o principal: vontade e a coragem. Troca de emails uma reunião agendada, palavra dada e tudo acertado. Mudamos o local do evento e a forma que seria feito, menos formal e mais interativo. Convidamos escolas, à imprensa, autoridades e presidentes e em poucos dias realizamos a coletiva que contou com a cobertura de emissoras de TV, rádios, sites, jornais, revistas e o assunto rendeu.
    
        Ganhamos muita visibilidade e, mais do que isso, amigos e um novo parceiro que se somou como se fosse um antigo parceiro de muitos carnavais. Assim, as nossas musas foram premiadas com belíssimos kits da Amazon Nutre, assim como as quatro homenageadas que além do kit com cremes e cosméticos ganharam flores. Mais do que isso, o Carnaval ganhou uma nova admiradora, a empresária Amália Sina que foi ao sambódromo conhecer de pertinho a grande festa. E veja abaixou qual foi sua sensação.
     
O Dia da Mulher eu passei no sambódromo
By Amália Sina

Todo mês de março é sempre um grande agito para buscar informação sobre a quantas anda a evolução da mulher. Não é somente sobre o trabalho dela que se quer falar, mas principalmente sobre como ela se vê e como se sente. Sendo assim, não dá pra ser mulher em março e não fazer uma reflexão sobre o tema e sobre o que pensamos de nós mesmas.

Então, quis fazer a minha parte refletindo sobre como a mulher vem sendo tratada nas área de marketing e comunicação.

Parei para analisar o que eu teria feito nos últimos dois meses que pudesse modificar alguma impressão sobre a forma como o mundo trata as mulheres. É quase atávico a mulher querer separar o mundo entre o certo e o errado em relação às mulheres. Ora nos vitimamos, ora somos cruéis, mas nunca imparciais. Fui atrás então, de alguma cena que eu pudesse definir se seriamos vitimas ou algozes neste mês de março.

Com base nisso, logo me veio a imagem do desfile de carnaval em são Paulo, onde estive pela primeira vez, e em lugar nobre. Era tão nobre que eu podia tocar as plumas e paetês, os adereços e os carros alegóricos. No mestre sala e porta-bandeira não dava, mas faltava pouco.

As fotos que eu tirei pareciam ser de um folião lá do meio, mas não eram, eram minhas mesmo. Lá estava eu, quebrando a virgindade carnavalesca, com o folheto empunhado tentando cantar o samba enredo da escola que me havia convidado, o que era o mínimo de elegância que eu teria que ter.

Sem contar que eu sou do tipo que quando aceita um convite, tenta fazer bonito, se veste de acordo, participa e canta junto. Até de mascara eu fui! Tudo bem, era um pouco discreta, mas bem bonita. Trouxe de uma recente viagem a Veneza. Mas não importa, eu estava lá com vontade de aprender sobre o carnaval. Afinal, sempre ouvi falar da capacidade de gestão dos lideres, do comprometimento dos sambistas, da organização das alas, da eficiência na produção dos adereços, sem contar na habilidade de administrar o tempo durante poucos quilômetros e ainda com um monte de gente e a musica tocando alto.

Parecia ser impossível, mas era a mais pura verdade. Tudo estava impecável, no lugar que deveria estar.

Enquanto anunciavam o nome da escola e o samba enredo, ouvia-se os gritos de alegria da platéia que, como num clássico de futebol, vibravam e torciam por ela.

É de se comover tanta alegria e dedicação, não só do publico, mas principalmente de quem esta desfilando. Cheguei a ver muita lágrima rolar de emoção, o que deu ainda mais cor as tantas que já existiam em cada passista.

Na verdade, não eram pessoas que passavam, eram artistas, poetas, pessoas comuns travestidas de sonhos e alegrias. Senti inveja, nunca pulei o carnaval. Claro, não seria agora, pois afinal, eu estava ali tentando entender um pouco qual era a forma de marketing que a as escolas usavam para fazer tanto sucesso. No fundo mesmo, fui até lá para ter certeza se eu havia investido em algo que valorizasse a mulher, ou seja, o carnaval.

Foi assim que aconteceu, decidi fazer uma ação de marketing com minha marca de cosméticos Amazonutry, para homenagear as mulheres lideres do carnaval paulista.

Foi um evento muito bonito e as mulheres lindíssimas pararam o trânsito daquela rua. A imprensa compareceu em peso e registrou tudo. Presenteamos e homenageamos todas as musas, princesas, rainha e as Presidentes Mulheres da Liga das Escolas de Samba de São Paulo.

Fiquei feliz no evento, discursei fazendo alusão do carnaval ao folclore brasileiro, pois sendo um produto de exportação inigualável no planeta, destacava o Brasil lá fora. Unir cosmético a mulher no carnaval foi uma forma original e delicada de dizer que não se deve atrelar ao carnaval apenas cerveja, mas produtos de beleza e bem estar. Eles são parte da vida da mulher, figura relevante na indústria do carnaval.

É claro que eu estava convencida disto, pois o sucesso do evento era evidente. As mulheres adoraram, os presidentes das escolas de samba ficaram satisfeitos, até lideres do turismo de São Paulo elogiaram a idéia de ter por perto o cosmético.

Portanto, eu acredito que o carnaval é muito mais do que mulher objeto e cerveja, existe espaço para mais ações de marketing criativas. Foi o que fizemos com esta ação, mas ao mesmo tempo, fui lá checar, ver de perto se isto era real e, se a mulher estava sendo respeitada.

Enquanto cantava o samba da “minha” escola, o que a esta altura do campeonato dispensava o folheto porque tinha decorado, fui vendo com olhos mais brilhantes que a mulher no carnaval é feliz. Minha análise deste mês de março é que a mulher está mais feliz e por conta das atribulações da vida acaba precisando desta data para olhar sua própria evolução.

Olhei no relógio, já era tarde, e, portanto, eu havia tido tempo de concluir que o carnaval já não é mais o mesmo: ele respeita a mulher como líder e aplaude em pé o seu sucesso.

Será que foi coincidência a escola vencedora ter como presidente uma mulher? Não, não foi.

Eu conheci a Presidente, uma grande líder!

Angelina, você merece Rosas de Ouro!

Bravo!

Amalia Sina
Presidente da Sina Cosmeticos
Membro da Academia Brasileira de Marketing
Membro do Conselho de Economia da Fiesp

NOTA: Amália, se você não descobriu o nosso marketing durante os desfiles, vamos dar uma dica,  nós despertarmos emoções!

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