Notícias Carnaval 2013
12/09/2012 - Peruche realiza promoção
A Unidos do Peruche através da sua diretoria de carnaval lançará no
próximo domingo dia 16/09, às 19h a promoção " Deu a Louca na
Tribo da Peruche", a comunidade bem como simpatizantes do
carnaval terão a oportunidade de desfilar com a nossa agremiação
conforme a promoção abaixo:
PROMOCÃO nº 1 - valor R$ 30,00:- O componente terá direito a uma
camiseta da escola + carteirinha da nossa agremiação que dará direito
gratuito a todos os ensaios na nossa quadra.
PROMOÇÃO nº 2 - valor R$ 50,00:
O componente terá direito a uma
camiseta da escola + carteirinha da nossa agremiação que dará direito
gratuito a todos os ensaios na nossa quadra + FANTASIA DO DESFILE
OFICIAL dia 10/02/2013 domingo às 20h, na concentração do Anhembi.
Somente a Unidos do Peruche pode oferecer a comunidade e simpatizantes a
oportunidade com custo baixo de desfilar no Anhembi, mais lembramosa todos que
corram pois essa promoção é valida até 31/12/2012, ou quanto durarem
nossos estoques, os interessados deverão comparecer na lojinha da nossa
agremiação para solicitar
maiores informações, efetuarem o pagamento e retirar o comprovante, carteirinha e camiseta
AV. ORDEM E PROGRESSO, 1061 - PONTE DO LIMÃO
G.R.C.S.E.S. UNIDOS DO PERUCHE
Fundação: 04/01/1956
Cores: verde, amarelo, azul e branco
End.: Av. Ordem e Progresso, 1061 – Bairro do Limão.
Telefone: 3951-4099
Site:
www.unidosdoperuche.org.br
Enredo:
"O povo da floresta está em festa. A tribo da Peruche vai passar".
Classificação 2012: 5ª colocada - 178,6 pontos
"OS TAMBORES ANUNCIAM! O POVO DA FLORESTA ESTÁ EM FESTA! A TRIBO DA PERUCHE VAI PASSAR"
Em nosso enredo vamos falar de um povo ora relegado pela história e
muitas das vezes, como numa ironia, classificados aos olhos dos
colonizadores como exóticos em seu próprio habitat. Vamos falar de nosso
"ÍNDIO", os verdadeiros donos dessa terra, por eles chamada de
"PINDORAMA" apelidada pelo invasor de "
BRASIL".
Faremos uma grande festa em homenagem a esse povo tão peculiar e de
cultura tão sublime em seu modo de viver, seus rituais e sua arte.
Evocando os deuses da floresta numa "ode" de respeito aos povos
indígenas vamos unir sotaques, e vozes de um povo que até hoje resiste,
brigando e lutando em defesa de sua sobrevivência, seu espaço e suas
tradições. Como num rio caudaloso vamos desaguar na avenida de desfiles
"Anhembi": paisagens, lendas, mitos, rituais, folclore e influencias de
um povo que bravamente contribuiu na formação dessa
"Aldeia" chamada
"BRASIL.
"O índio só sobrevive na sua própria cultura" - Irmãos Villas Boas"
ABERTURA
MISTÉRIOS DA CRIAÇÃO DO MUNDO
O SURGIR DA VIDA E A MORTE NO ALTO XINGU
Eu sou Índio... Sou Brasil. Sou verdadeiro dono dessa terra...
Sou da Floresta... E junto a Unidos do Peruche convidamos a todos para uma grande festa.
E os tambores anunciam... A festa vai começar!
Pareats vão de tribo em tribo, convidar todos para esta festa.
De inicio... O mito da criação do mundo na tradição dos índios xinguanos.
Xingu - Surge a vida - Matas, águas, mistérios, festa de louvor a
vida e o surgimento do mundo e seus viventes no coração do Brasil. Xingu
é Paraíso de Mavuttsinim - O deus Criador do Sol e da Lua. Foi usando
de toras de madeira que ele criou os viventes e seu universo. Criou as
tribos Kamayurá - a tribo do arco preto - Kuikuru - tribo do arco branco
- Waura - a tribo da panela. Mavuttsinim é o criador de todo universo
mitológico no mundo xinguano.
Morte e ressurreição - É Kuarup... Festa e ritual - Troncos de
madeiras que outrora ganharam vida, agora representam os mortos. Os
"maracá-êp" entoam cânticos. Celebração dos ancestrais em rito de
ressurreição. Índios mortos na busca dos caminhos de Ivat. Para louvar
seu Deus e os mortos os índios cantam, dançam, bebem e lutam o
"huka-huka" ao som das "aruás" em ritual de tamanha beleza.
Assim é a crença de criação do mundo, vida e morte das tribos do Alto Xingu.
1º SETOR
INDIOS DO BRASIL - LENDAS INDÍGENAS
Tantas lendas para contar...
A oca é a morada, cacique é o guerreiro, a taba é a aldeia, pagé o feiticeiro, Tupã é o Sol e Jaci é a Lua
Sou lendas, mitos sonhos e ilusões.
Máscaras rituais escondem meus mistérios e enfeitam o baile da selva.
Lendas, mitos e mistérios. Cobras de asas, mulheres metade gente metade
peixe... Seres sobrenaturais.
No amazonas - Mulheres guerreiras, lendas da vitória régia, do boto cor de rosa e tantos segredos a desvendar.
Ao sul do Brasil Deus M’Boy - Lenda das cataratas do Iguaçu - M’Boy
protetor da Cachoeira Grande - Sou o supremo Deus e criador. Sou uma
cobra grande temida, sou gente, sou mistério.
De norte a sul, de leste a oeste deste país. Sou índio criança. Um curumim dançante embrenhado no matiz verde de nossas matas.
2º SETOR
SOU NAÇÃO... SOU TRIBO BRASILEIRA - RESISTÊNCIA, PASSADO, PRESENTE E FUTURO - DA NATUREZA E DA ARTE
Sou Tupi... Sou Guarani... Sou de cultura tradicional
A natureza é meu santuário. Respeito a fauna e a flora que meus deuses me deram.
Faço arte de belas tramas, trançados e fiados. Talho e esculpo o
barro que vem do chão dando forma a minha criação. Da palha e do mato
tranço, fio minhas invenções.
Vivia em paz num paraíso tropical... Pindorama. Uma população de aproximadamente cinco milhões de habitantes.
Homem branco aqui chegou. Vorazes... Covardes e sem piedade. Tive que
lutar. Lutas constantes. Desrespeito a minha cultura, hábitos e maneira
de viver. Diziam querer em nome de "
Deus e da Cruz de Jesus" nos "Civilizar". Tentaram...
Me defendi com resistência e ritual - canibalismo. Em nome da
vitoria: matar, comer, festejar. Ser escravo jamais - fogo nesse chão,
plantações inteiras em destruição.
Na história fui índio herói. Muitas das vezes omitido. Poucos relatos
de minhas façanhas. Nem mesmo nossas vitórias que ajudaram os
portugueses a ampliar esse território, são lembradas. Tibiriçá salvou
São Paulo (SP), Araribóia venceu os franceses, Felipe Camarão, derrotou
os holandeses. Fui usado, matei, lutei guerreie.
Na guerra do Paraguai, Kadiuew, - cavaleiros e boiadeiro - presença marcante em defesa do território brasileiro.
Lutei... Brigo e resisto... Infelizmente... Luta na qual somente existe um ganhador. A vitória daquele que se julga civilizado.
Mas de 500 anos se passaram... Muitas perdas. Tribos dizimadas em sua
maioria. As que restam agonizam... Mas minha semente ainda vive nesse
chão... Sou índio, sou tribo, sou aldeia, sou Brasil. Sou Nação.
3º SETOR
PRESENÇA E IMAGEM - POÉTICA E MÍTICA DO ÍNDIO EM NOSSAS
ARTES E CULTURA - INDIANISMO - ANTROPOFAGIA - RELIGIÃO
Fui tema de diferentes movimentos literários. Fui a idealização de um
Brasil. Muitos escritores falaram sobre mim. Fui herói, fui inocente e
Inspirei muitos romances. Nas páginas de José de Alencar símbolo de
mitologia e brasilidade. Pelas mãos de Carlos Gomes virei ópera e no
Teatro de Milano na Itália como "O Guarani" me apresentei.
Das gotas de tintas e pincéis; em todos os estilos: do clássico ao
moderno. Minha alma e beleza natural enfeitaram e me denunciaram expondo
quem eu sou.
No Movimento Modernista - Inspiração Antropofágica. Ali estava o
sentido de quem sou. (aba = homem e poru = que come). Como engulo e
degluto. Faço festa e quero liberdade. Sou afirmação de nossa cultura
dando alma a brasilidade. Sou índio. Inocente e brincalhão. Sou Sim! Ma
também sou valente e brigão.
Dizem que sou a invenção do Brasil. Só sei que me inventam e
reinventam, em tantas versões contadas e encantadas. Como personagem
desta história eu estou nos palcos e telas de cinema. Alma, costumes e
memórias traduzidas em tantas estórias.
O "Oké, caboclo!", "Xeto, marromba, xeto!". Sou dono da floresta.
Conhecedor das ervas e suas curas. Sou caboclo raizeiro. Sou sete
flechas, sou pena branca, Ubirajara, sou Cobra Coral... Sou religião. To
na umbanda e no candomblé. Trago a cura e fé.
Também sou fantasia, sou alegria, brinco carnaval. Sou Cacique de
Ramos, blocos de Recife, das ruas e tantas folias mais. Índio quer
apito. "Mim só quer brincar". Sou da Paz. Sou Brasil. Estou no carnaval.
Sou liberdade. A pura felicidade.
4º SETOR
DANÇA E FESTAS DO POVO DA FLORESTA
Danço, canto e faço festas... Danço para o sol e para a lua. Celebro a
vida! Em meus rituais e crenças, a dança e a música não podem faltar.
Danço para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida e aos meus
costumes. Para preparar a guerra e quando volto dela também danço.
Danço para celebrar um cacique, colheitas, uma boa pescaria, assinalar a
puberdade de adolescentes, espantar doenças, epidemias e outros
flagelos. Danço para a vida e para morte.
Sou Cacique Bororó, guerreiro, corajoso mato a onça com as mãos. Sou
dançarino... Cubro o rosto, pés e mãos com a pele da onça morta e palha
de palmeira. Bato forte o pé no chão, representando a alma da onça que
se foi.
Sou índio potiguar bailo... Toré, meu ritual sagrado para não
esquecer antepassados. Símbolo maior de resistência, memória...
Lembranças e união entre os índios do nordeste. Bailado que rememora um
elo em comum. Somos todos irmãos.
Já dancei até para Corte Francesa. Foi em Ruão na França - 1550. Era
uma "Festa à Brasileira". Lindos corpos, coragem beleza sem igual. Nas
margens do Rio Senna... Ares do Renascimento, sonho e poesia a magia da
floresta eu apresentei. Encenei e dancei. Cultura, arte e o esplendor do
novo mundo eu mostrei.
Pindorama virou Brasil... Brasil tornou-se "Brasis". Misturei...
Miscigenei... No bailado da miscigenação, balancei, pulei, pisei forte
neste chão. Deixei: cateretê, caiapós, cururu, e tantas heranças mais.
Inspirados em mim, brancos, negros, mulatos, cafuzos, mamelucos e
todas etnias desse Brasilzão se fantasiam de índios e dançam
caboclinhos. Dançando, simulam a caça e o combate, e no carnaval invadem
ruas, praças e avenidas do nordeste.
Em muitas festas, e folguedos oriundos da miscigenação, personagem
também eu sou. Bois Bumbás! Português... Negro... Índios... E na mistura
cultural sou personagem principal. Teve origem no nordeste. Espalhou-se
por todo Brasil. Chegou a Ilha de Parintins. Lendas e mitos indígenas
foram cada vez mais adicionados em suas apresentações. No seio da
floresta hoje sou "Festival de Parintins". Uma grande Festa. Síntese que
traduz a alegria, sinergia e força das festas coletivas indígenas.
Amazônia - a Floresta é a tela - Parintins em festa - 2013 - Boi
Garantido e o Boi Caprichoso, um século de história. De lendas, alegria,
mistérios e folia.
Das Matas fechadas para o "Rio dos Anhambus" ou Anhembi a "Selva de
Pedra", essa é a homenagem da Peruche para o "Povo da Floresta".
Hoje esqueço as mágoas e o desrespeito. Brinco, protesto, canto e
danço. O samba e minha voz... Traduzindo uma luta que ecoa pelo mundo
dizendo quem eu fui quem eu sou. A Peruche a Bandeira representando
minha garra de fé e resistência.
Sou índio... Sou Brasil! Sou arte e cultura! Sou Guerreiro! Sou identidade!
Sou Peruche! Sou Aldeia! Sou tribo! Sou Tupi. Sou Guarani Sou Pataxó,
Sou Xavante, Cariri, Ianomâmi... Sou Carajá, Pancararú. Sou Carijó,
Tupinanjé, Potiguar, Tamoio, Caeté, Tupinambá... Somos o Brasil!