domingo, 6 de junho de 2010

Tom Maior na inauguração da Linha 4 - Amarela do Metrô


SÃO PAULO - Inaugurada nesta terça depois de seis anos de obras e oito anos após a abertura do último trecho de Metrô na capital paulista, a Linha 4 - Amarela vai fechar o ano de 2010 com quatro estações em funcionamento: além de Faria Lima e Paulista, abertas nesta terça-feira, Butantã e Pinheiros completarão as primeiras quatro paradas.

Elas serão inauguradas "até o fim de novembro", disseram o governador Alberto Goldman e o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella - "alguns dias a mais ou a menos", de acordo com o secretário. Duas outras estações da primeira fase da Linha 4, Luz e República, ficam para o fim de abril de 2011, segundo o governador. Ele exaltou a obra como a "linha mais moderna do mundo".

Eram exatamente 13h15 quando o primeiro novo trem encostou na plataforma da Estação Faria Lima sob as palmas dos funcionários do Via Quatro para a viagem inaugural com passageiros. Além de Goldman, embarcaram o prefeito Gilberto Kassab, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além de convidados e jornalistas. Uma "ausência" sentida foi a do pré-candidato à presidência José Serra - "não queríamos constrangimento", de acordo com Goldman.

Enquanto isso, centenas de pessoas se acotovelavam nas portas principais da Faria Lima, impedidas de descer por seguranças do Consórcio Via Quatro, operador da linha. Elas estavam aguardando a abertura da estação para o público. Houve um pequeno início de tumulto no Largo da Batata, onde fica a estação, logo contido por seguranças.

Depois de uma chuva de papel picado, com direito a estrelinhas amarelas, os primeiros passageiros convidados puderam entrar no trem - onde, ao contrário do saguão da Faria Lima, o ar condicionado funcionava com potência bem maior. Os letreiros eletrônicos nas pontas de cada vagão, que futuramente mostrarão o nome das estações, anunciavam: "bem vindos".

As portas do trem coreano se fecharam às 13h17 para uma viagem de 3 minutos e 20 segundos até a Estação Paulista. Fradique Coutinho e Oscar Freire, estações intermediárias, estavam escuras. Assim como Higienópolis Mackenzie, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, elas devem ser inauguradas apenas em 2012.

Logo no início, alguns passageiros entre os convidados, de estatura mais baixa, apontaram certo desconforto nos trens coreanos, fabricados pela Siemens-Rotem: as barras de seguranças são mais altas do que nos demais trens do Metrô, o que obriga essas pessoas a esticar mais os braços para se apoiar. Os bancos são de tecido amarelo, porém um pouco mais estreitos do que os das demais linhas. A passagem de um vagão para outro é protegida por uma espécie de tela de plástico enrugado, como nos ônibus bi-articulados.

Na Estação Paulista, a bateria da escola de samba Tom Maior executava "Lá vem ela, a Linha Amarela", música composta especialmente para a ocasião, assim que o trem chegou.

Os primeiros passageiros do público em geral puderam entrar logo depois, às 13h20, por meio da plataforma de acesso para a Linha 2 - Verde, onde o trânsito só era permitido a partir da Linha 2 para a Linha 4 - o que será mantido durante todo o período de operação assistida, por até 3 semanas. Isso impede que pessoas venham da Linha Amarela e acessem a Linha Verde e o restante do sistema sem pagar. Faria Lima e Paulista devem funcionar, por um período de uma a três semanas, em regime de operação assistida, com acesso livre. Depois dessa fase, a passagem, de R$ 2,65, passa a ser cobrada.

Os primeiros a ingressar na nova Estação Paulista, vindos da Estação Consolação, da Linha 2 - Verde, paravam para tirar fotos e conversar com a imprensa, o que causou acúmulo de passageiros e levou uma das novas esteiras rolantes, do acesso, parar de funcionar cinco minutos depois da inauguração. O problema foi rapidamente solucionado.

Fonte: Estado de S.Paulo

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